O trabalho em rede na América Latina é um ecossistema tropical, a partir do interior de sua arquitetura convivem indivíduos e grupos auto-organizados em microestruturas: nômades, assimétricas, imprevisíveis e mutáveis.
Rosa Apablaza Valenzuela
BIJARI é um centro de criação em artes visuais e arquitetura cuja prática se situa na intersecção arte urbana e a cidade.
Desenvolvendo projetos em diferentes suportes e tecnologias, o grupo propõe a criação de imagens disruptivas e ações provocadoras que confrontam a pretensa normalidade do cotidiano urbano.
Seja desenhando posters e cartografias, projetando videos em escala urbana ou criando intervenções pelas ruas de São Paulo, o Bijari busca ocupar as fendas entre o público e o privado, o oficial e o ilegal, o centro e a periferia no intuito de reconfigurar novos territórios políticos e poéticos.
O Bijari foi formado em 1997 por Geandre Tomazoni, Gustavo Godoy, João Rocha, Maurício Brandão, Olavo Ekman e Rodrigo Araújo
O EIA, Experiência Imersiva Ambiental, é um coletivo artístico auto-gestionado, criado em 2004, formado por pessoas que têm em comum a necessidade de problematizar de forma lúdica e relacional os modos de vida no ambiente urbano. Desde sua criação, o EIA já promoveu 4 grandes festivais de arte urbana, além de ações como oficinas em centros culturais, criação de dispositivos relacionais, entre outros. Completando 12 anos em 2016, o EIA desenvolve frentes de ação que fazem convergir temáticas como arte, tecnologia, urbanismo, comunicação, meio ambiente, antropologia urbana, movimentos sociais entre outros. Estamos em sintonia com redes de pessoas, organizações e demais iniciativas comprometidas com a criação no aqui e agora de formas de vida mais alegres, colaborativas e inventivas.
GIA - Grupo de Interferência Ambiental , coletivo formado por artistas visuais, designers, arte-educadores e músicos que moram e trabalham em Salvador-BA. O grupo formou-se em 2002, e atualmente conta com 6 integrantes (Luis Parras, Everton Marco, Cristiano Piton, Ludmila Britto, Tininha Llanos e Mark Dayves). Desde então, propõe intervenções nas ruas das cidades, ações que tencionam questões sócio-políticas, relacionadas ao espaço público na maioria das vezes, e a maneira como os transeuntes lidam com esses elementos em seu cotidiano. Para o GIA, é importante que suas ações funcionem como dispositivos aglutinadores, para que as pessoas entrem em contato com o grupo e suas ações de uma maneira inusitada, instaurando aquilo que Nicolas Bourriaud chama de utopia de aproximação: um estar-junto que rompe com um viver cotidiano automatizado.
Grupo EmpreZa
Fundado em 2001, inicialmente como grupo de estudo e pesquisa em performance arte, o Grupo EmpreZa (GE) possui hoje um vasto repertório de ações performáticas, happenings e produções audiovisuais e fotográficas. Vários artistas já passaram pela formação do GE, que atualmente é formado pelos membros-integrantes, Aishá Kanda, Babidu, Helô Sanvoy, João Angelini, Marcela Campos, Paul Setubal, Paulo Veiga Jordão, Rava e Thiago Lemos - ainda operando o interesse pelas invenções e expansões do corpo, que se mantêm com significativa reverberação nas pesquisas do grupo, atuante há mais de treze anos a partir do Centro-Oeste do Brasil, com integrantes espalhados, em sua maioria, pelo estado de Goiás e no Distrito Federal. Movidos por intensa curiosidade em relação aos modos de produção de linguagem e de sensibilidade do corpo, o Grupo EmpreZa parte de seu corpo-coletivo – a conjunção dos muitos artistas que formaram e contribuíram para a história do grupo – para pensar a performance, a arte e os lugares simbólicos em amplas dimensões. Na constituição desse corpo-coletivo, desde o início de sua trajetória, o Grupo EmpreZa reúne um repertório absolutamente não trivial de corpos: não necessariamente oriundos do mundo das “artes do corpo” ou das “artes do movimento” – os emprezários e emprezárias enfatizam a diversidade dos corpos a cada gesto, cada som e cada movimento. Ativando, assim, concepções plurais de subjetividade e mundo, revelando, ainda, um aspecto crucial acerca da convivência no seio da multiplicidade subjetiva da vida: as relações de co-dependência. Tônica vertebral da produção do GE. Em algumas das ações que lidam com a dependência, corpos diferentes se transformam em unidades que exploram não somente os limites da individualidade, como também problematizam esses limites a partir da perspectiva do espaço, então compartilhado. Cientes da não solidão dos corpos, de modo antropófago, o Grupo EmpreZa institui situações de devoração, como na ambígua frase "Eu como Você", que intitula um de seus manifestos.
O Coletivo Madeirista é um grupo multidisciplinar de artistas que reunem-se para produção e discussão de arte contemporânea, com trabalhos na área de literatura, net.art, poesia visual, fotografia, performance, site-specific, intervenções urbanas e vídeo-arte. Todos os artistas participantes residem e trabalham em Porto Velho, Rondônia, Sul da Amazônia, Brasil.
O coletivo ocupeacidade teve início em 2006 com a proposta de unir pessoas interessadas em produzir – coletivamente – ações artísticas nos diversos espaços da cidade. Ao longo dos anos foi somando outras práticas e técnicas ao seu percurso e atualmente se dedica também ao projeto zerocentos publicações: uma editora voltada para publicações artesanais e independentes, onde são utilizadas uma série de ferramentas de impressão, reprodução de imagens e recursos gráficos artesanais.
OPAVIVARÁ! é um coletivo de arte do Rio de Janeiro, que desenvolve ações em locais públicos da cidade, galerias e instituições culturais, propondo inversões dos modos de ocupação do espaço urbano, através da criação de dispositivos relacionais que proporcionam experiências coletivas. Desde sua criação, em 2005, o grupo vem participando ativamente no panorama das artes contemporâneas.
rede[aparelho]
A Rede [aparelho]-: vem ao longo dos anos realizando encontros e espaços de lazer, imbuídos pelo interesse em compartilhar informação nas ruas para os que circulam no entorno a fim de veicular a produção de uma cultura livre e aberta, possibilitando um convívio entre comuns. Montado nas ruas de forma ambulante, um sistema simples de transmissão sonora e visual buscava relacionar-se diretamente com grupos culturais, politicos e/ou artísticos que configuram cenas específicas em diversos pontos da cidade, tais como feiras livres, praças, terreiros etc. As ações provocavam o envolvimento e reconhecimento do público ao propor uma alternativa de distribuir informação e mídia mais aproximada à sua realidade cultural, e por dentro do seu território, através de participações ao vivo, entrevistas e depoimentos, transmissão radiofonica, reprodução de vinhetas, vídeos e fotografias digitais. Utilizamos das tecnologias possíveis, a re-produção de um certo fluxo de informações por aproximação com movimentos sociais e comunidades locais. Os encontros conectaram esses redários territoriais, por fruição e experimentação social conduzidos por artistas, militantes/ativistas , mães e pais de santo, etc. configurando troca mútua e solidária ao produzir e transmitir conteúdos de forma documental e digital, conduzindo uma verdadeira networking baseada nas especificidades e limitações (tecnológicas) locais.
HUB Livre
O grupo escolheu a praça Roosevelt para suas o início das suas ações através do Edital Redes e Ruas (Parceria entre as Secretarias Municipais de Cultura, Direitos Humanos e Serviços) . A diversidade e o histórico político e artístico estão na raiz desta escolha. Atuamos com outros grupos que estão organizados ali e com os frequentadores, moradores e atores sociais do entorno da praça. A programação foi divida em seis ações na Praça Roosevelt e é composta por oficinas, aulas públicas, cinema de rua, construção de mobiliário, programas de web tv e web radio, entre outras atividades que já acontecem no centro independente de qualquer apoio por edital. Com isso buscase estimular uma cultura da prototipia, uma cultura da invenção, que altera o lugar do sujeito como um consumidor de informação para o sujeito participante de uma ação. Como temática Central para a criação de conteúdo temos como referência as “Figuras Subjetivas da Crise” do livro “Isto não é um manifesto” de Antônio Negri: o endividado, o mediatizado, o securitizado e o representado.